De: Fatih Akin. 2004. Com: Sibel Kekilli, Birol Ünel, Catrin Striebeck, Meltem Cumbul, Zarah McKenzie, Stefan Gebelhoff, Francesco Fiannaca e Mona Mur.
Sinopse: Sibel (Kekilli) é uma bela moça muçulmana de 20 anos de idade. Em uma clínica de recuperação, após uma tentativa de suicídio, ela conhece Cahit (Ünel), um rapaz que também tem raízes turcas. Os jovens decidem se casar formalmente, apenas como um meio de permitir que Sibel escape das regras estritas de sua família conservadora. Embora ela tenha uma vida sexual independente, eles resolvem dividir um apartamento. Cahit aceita a situação no início, mas se apaixona e, num acesso de ciúmes, mata um dos amantes da companheira. Depois de cumprir pena, Cahit reencontra Sibel, ainda acreditando que eles podem ter um futuro em comum.
Crítica: Um filme que destaca o tema "crise existencial" na vida de duas pessoas e que leva um tempinho pra engrenar, mas quando se vê, começamos a gostar da história que está sendo contada (pelo menos da minha parte), a princípio no início se pega uma antipatia pela dupla de protagonistas (a alemã Sibel Kekilli e o turco Birol Ünel de ótimas interpretações, com destaque mais para a atriz Sibel), mas depois que o negócio flui na condução do enredo, a personagem de Sibel Kekilli toma conta do filme pra si, já passei a gostar dela (uma moça bonita, talentosa e interessantíssima - espero voltar a vê-la em outras produções), e de arrasto ela acaba nos levando a pegar também uma simpatia pelo seu par, fato que acho fundamental, é preciso gostar e ter um envolvimento com os personagens pra se poder ter algum apreço e interesse pela história de algum filme, independente do gênero. História essa que não tráz novidade: "pessoas diferentes que se apaixonam" ou "os opostos se atraem", como preferir, mas é um filme bem realizado, duro, cruel e sofrido em determinadas cenas, mas os argumentos são convicentes e o diretor alemão tem estilo próprio e foge de clichês óbvios, tem vezes que se espera tais coisas que não se confirmam graças a competência da direção, interessante também é a trilha sonora dos mais variados tipos: tem punk rock, música no estilo árabe, e músicas tradicionais da Turquia (acredito eu). Bem sacado também o lance de colocar aquela banda musical pra tocar dentro do contexto aparecendo em determinados momentos na mudança de capítulos sempre com uma música diferente levando em conta a atmosfera daquilo que se viu ou que virá a seguir (deu pra entender mais ou menos isso). Enfim, "Contra a Parede" é filme pra cinéfilo, não é pra todos os gostos, mas pra quem curte cinema alternativo (eu adoro) deverá ter uma bela impressão sob um ponto de vista diferente de algo que já foi visto antes.
Nota 8.0!
Filme Visto em Abril/2007
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