quinta-feira, julho 07, 2011

Sucker Punch - Mundo Surreal

(Sucker Punch). 2011.

De: Zack Snyder.

Com: Emily Browning, Jena Malone, Jamie Chung, Abbie Cornish, Carla Gugino, Vanessa Hudgens e Evan Wood.

Crítica: Depois da decepção que foi "Watchmen" (que não gostei muito), Jack Snyder, acertou a mão dessa vez, nos presenteia com um filme que exala cultura pop, um misto de: cinema + música + games + hq; um pouco de cada uma dessas mídias serviram pro diretor criar as válvulas de escape de sua protagonista movida a ilusões, a bela Emily Browning (que parece uma bonequinha de porcelana, haha, muito lindinha), a figura frágil que a sua personagem passa todo tempo não passa desapercebido, nos sonhos é que vemos a força e toda a bravura dela, ali ela se transforma numa guerreira nata e especialista na arte de matar!

Achei criativo e bem interessante a forma inusitada com que o diretor inventou pra ocorrer toda a ação do filme, recheada de efeitos digitais muito bem feitos, uma bela sacada que dá aquele toque a mais de qualidade na produção, funciona como a cereja no bolo, dentro de um enredo que fica bem a quem perante ao conteúdo estético e visual que o filme transmite, na qual se sobressai e chama mais atenção do que qualquer outra coisa ali, muito legal destacar isso, mas claro que pra tudo isso funcionar, nada melhor do que juntar um elenco feminino bastante apreciável e atraente, tanto a Emily como as demais são belas e estão perfeitas nas personagens e nos figurinos curtos, condizentes com a situação na qual estão submetidas!


Destaque também para Jena Malone e Abbie Cornish, convincentes como irmãs, criá-se rapidamente um envolvimento e uma grande simpatia por elas, as outras duas do quinteto apareceram mais como enfeite pra compor a trupe, suas personagens não tiveram um maior aproveitamento, mas adorei a oriental, que teve uma cena específica de maior destaque que já valeu a pena, sem falar que o elenco feminino ainda conta com a ótima Carla Gugino, que eu admiro bastante e acho sempre agradável vê-la em cena em qualquer papel que interpreta!
Voltando no que diz respeito a ação, o filme passeia por filmes de guerra, artes marciais, samurai, fantasia e ficção científica, brincando muito bem com cada um desses gêneros e inserindo elementos de cada um deles de maneira orgânica e oportuna em sua narrativa, consegue nos mostrar orcs, robôs, soldados-zumbi e dragões sem perder sua coerência interna, num belíssimo visual de tirar o fôlego, a direção de arte é primorosa, onde tudo é muito excessivo e grandioso, porém, de forma proposital e corretíssima dentro da proposta passada, muito bom trabalho de Snyder, o cara tem todo o crédito possível dessa produção, altamente bem sucedida e muito bem realizada!
Nota 8.0! Visto em Junho/2011

quinta-feira, junho 30, 2011

Hanna

(Hanna). 2011.
De: Joe Wright.
Com: Saoirse Ronan, Eric Bana, Cate Blanchett, Tom Hollander, Paris Arrowsmith, Olivia Williams e Jason Flemyng.


Crítica: Uma boa surpresa esse novo filme de Joe Wright ("O Solista", "Desejo e Reparação" e "Orgulho e Preconceito"), bem diferente desses que ele fez anteriormente, é sobre uma garota (Saiorse Rosnan) que foi treinada pelo seu pai (Eric Bana), um ex-agente da CIA, pra ser uma assassina completa, com a força, a resistência e o instinto aguçado de um soldado.


Achei que a trama se desenvolveu de forma interessante, com bons momentos de tensão na medida certa, apesar de no final ficar a impressão de que o diretor poderia ter ido um pouco + além antes de acabar com tudo, tirando isso, muito do mérito do filme está nas atuações, Saiorse Rosnan foi uma ótima protagonista, sua personagem chama a atenção na mudança brusca de personalidade conforme a situação exige, sem falar que a garota sabe "lutar, manuseiar armas e corre que nem uma lebre", (conforme foi bem treinada), e estamos falando de uma adolescente magrela de 14 anos, coisa que passa desapercebida, já que o diretor conseguiu colocar um realismo admirável em todo esse processo que soa a princípio um absurdo.


Outra que se sai muito bem é Cate Blanchett, que faz uma antagonista pra lá de segura e a vontade no papel, ela está irrepreensível e bastante convicente como a vilã do longa, que também tem como destaque a sua trilha sonora e a direção de arte (que é meio que uma marca registrada nos filmes do diretor), aqui se vê + uma vez belos cenários, feitos no capricho casando muito bem dentro do contexto da história.



Já o Eric Bana ficou bem a quem perante as outras duas atrizes que ditam o ritmo do filme, mas ele tem uma boa sequência de luta, muito bem feita na velocidade dos golpes e movimentos, gostei também do trio de Skinheads que caçam a protagonista a todo custo, muito bem pensado também foi a bela sacada filme, que obviamente não irei comentar do que se trata.

Nota 7.5!
Visto em Junho/2011

A Águia

(The Eagle). 2011.
De: Kevin Macdonald.
Com: Channing Tatum, Jamie Bell, István Göz, Bence Gerö, Denis O'Hare e Paul Ritter.

Crítica: Achei bem fraco, nem pra passatempo serviu esse negócio, o filme parecia que seria bom no início, mas depois cai numa parte do enredo que vai se arrastando até o final, e achei ridícula a maquiagem e caracterização (pra não dizer uma tosqueira) que fizeram naquele povo que apareceu no final do filme, pra piorar, no elenco ainda tem como protagonista o tal do Channing Tatum (ator que acho muito limitado) com uma cara de paisagem o filme inteiro, haha, quem tenta salvar o filme é o talentoso Jamie Bell (o garoto de Billy Elliot), somando-se de positivo alguns cenários - por parte das locações onde foi rodado, e algumas cenas de batalha o filme não convence, e se torna bem descartável quando termina, pra não ver nunca +, tá na minha lista dos piores que vi no ano!
Nota 4.0!
Visto em Maio/2011

quarta-feira, abril 06, 2011

3 Movies

"EM UM MUNDO MELHOR" (In a Better World).

De: Susanne Bier. 2010.

Crítica: Vencedor do oscar estrangeiro, esse filme dinamarquês retrata boas discussões no enredo abordado, onde a falta de diálogo impera pra que tragédias e desentendimentos aconteçam sem necessidade, a intolerância é outro fator chave da história, a princípio achei que o filme fosse focar na questão "bullying" (assunto do momento bastante debatido na mídia/escolas, numa forma de evitar esse mal), mas não, o filme vai além disso conforme se desenrola, passando a idéia de que violência só gera violência, de que as pessoas precisam ter um pouco + de amor no coração, sentar pra conversar é o melhor remédio, encher o espírito de ódio e vingança pelo próximo não leva a lugar nenhum, aliás, leva sim, conforme o filme tentou mostrar diversas vezes, fora outros assuntos explorados, que não passam desapercebidos, achei que a diretora Suzanne Bier conseguiu transmitir o que queria. Nota 8.0! Visto em Março/2011!

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"FORA DA LEI" (Hors-La-Loi/Outside The Law).
De: Rachid Bouchareb. 2010.

Crítica: Filme que também concorreu no oscar estrangeiro representando a Argélia, que tráz no enredo como pano de fundo o processo de independência do país em questão, no conflito com os Franceses, sob o ponto de vista de uma família de 3 irmãos, essa saga familiar relembra filmes clássicos das décadas de 30 e 40, que envolviam máfia/gangsters, devido ao clima nostálgico e aspecto noir visto no filme, de muito boa fotografia e boas cenas de tiroteio/ação, a direção é competente e as atuações muito boas, foi uma surpresa agradável conferir essa produção.

Nota 7.5! Visto em Março/2011!
========================================== "INCÊNDIOS" (Incendies). De: Denis Villeneuve. 2010.
Crítica: Filme canadense, mas falado em francês, que pra mim é o melhor dos 4 que assisti que estavam concorrendo no oscar estrangeiro (só falta ver o "Biutiful"), esse é aquele tipo de filme que nos deixa estupefato após seu término, quando se tem uma revelação a fazer, algo inimaginável antes de vir a tona, se vê um final e tanto no impacto causado, o clímax é bem P.Q.P, haha, impactante, fortíssimo, doloroso, comovente e perturbador na revelação do segredo, o roteiro foi muito bem escrito, um trabalho primoroso, e o filme contado de maneira não linear, isto é, sem uma ordem cronológica dos fatos pode confundir um pouco o espectador que não estiver 100% concentrado nos desdobramentos das informações passadas, intercalando acontecimentos entre passado e presente, mas no final qualquer dúvida cai por terra, tudo fica muito bem explicado e compreensivo, nos minutos finais quando a revelação é feita é que percebemos a dureza e complexidade da história na qual os personagens estavam envolvidos, assim como, na grandiosidade da obra que é esse filme, uma preciosidade, uma jóia rara!


Nota 9.0! Visto em Março/2011!

quinta-feira, março 31, 2011

Boogie - El Aceitoso

De: Gustavo Cova. 2009.
Com Vozes de: Pablo Echarri, Nancy Dupláa, Nicolás Frías, Marcelo Armand, Rufino Gallo e Diego Brizzi.

Crítica: Que ótima surpresa essa produção argentina, que retrata a violência de forma magistral e divertida, com muito humor negro e politicamente incorreto ao extremo. Baseada nos quadrinhos "Boogie", de Roberto Alfredo Fontanarrosa!


Os Los Hermanos estão de parabéns, principalmente o Gustavo Cova, realizador desse ótimo trabalho, uma animação técnicamente impecável, seja nos cenários ricos em detalhes ou na construção dos personagens, tudo com muita qualidade e criatividade, achei hilário e engraçado o sujeito contratado pra matar Boggie, figuraça!

Boogie é um veterano americano que lutou em diversas guerras, como as do Vietnã, Coréia e Iraque. Depois das cruéis experiências que viveu em combate, ele volta para a cidade com sede de sangue, sede que ele satisfaz matando e fazendo coisas cruéis com pessoas aleatórias, tudo por dinheiro, matar é seu hobby, seu esporte favorito!

As cenas de ação com muito tiroteio e pancadaria é um show à parte, tudo muito irado e dinâmico, rendendo boas risadas e entertenimento puro. O anti-herói do enredo é um sujeito frio, assassino nato, sádico, sarcástico, perverso, preconceituoso, politicamente incorreto e machista, não necessariamente nessa ordem, rsrs, esse sujeito é o maior barato na arte de matar, o cara não poupa ninguém, sem falar no seu senso de "humor negro" fenomenal, hahaha!!!


Bacana também as referências que permeiam a narrativa, tipo, a fala dita por Boogie: "Eu amo o cheiro de Napalm pela manhã" oriunda de "Apocalypse Now", de Francis Ford Coppola! A piada pra cima da Disney também foi proposital e bem colocada. Impossível também não comparar Boogie com o policial "Dirty Harry", vivido por Clint Eastwood, na série de 4 filmes! Sem falar no climão tarantinesco que fica no ar durante o filme!

O filme é nitroglicerina pura, achei d+, e como já deu pra perceber, é um desenho/animação direcionado para o público adulto, crianças não devem assistir, pois teriam sérios traumas e pesadelos com Boogie..rsrs..!!!

Nota 8.5! Visto em Agosto/2010

quarta-feira, março 23, 2011

Elizabeth Taylor (1932 - 2011)

A atriz Elizabeth Taylor morreu na manhã desta quarta-feira, aos 79 anos. A notícia foi dada pelo programa "Good Morning America" e rapidamente repercutida em sites de notícias de todo o mundo. O agente da atriz confirmou a informação.

Taylor, que já passava por complicações de saúde há cinco anos, enfrentou uma cirurgia no coração em 2009. De acordo com o site "TMZ", a atriz morreu de insuficiência cardíaca.

Seu sucesso começou aos 12 anos, quando participou do filme "A Mocidade é Assim". A atriz faturou o Oscar duas vezes, por "Quem Tem Medo de Virginia Woolf" e "Disque Butterfield 8".

Estou de luto, Taylor é uma das minhas atrizes favoritas das antigas, que sempre terá minha grande admiração por tudo que fez no cinema, ela atuou em uma quantia considerável de belíssimos filmes, marcantes e inesquecíveis, além de ter trabalhado com grandes diretores, seu rostinho angelical e incrível beleza dos tempos de juventude ficará pra sempre na minha memória, dedico esse post em sua homenagem, que descanse em páz! Mais abaixo segue a lista com todos os filmes que assisti de sua filmografia!



Filmes Vistos = 22!
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1- Assim Caminha a Humanidade (1956). De George Stevens. Nota 10!
2- Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966). De Mike Nichols. Nota 9.0!
3- Gata em Teto de Zinco Quente (1958). De Richard Brooks. Nota 9.0!
4- Jane Eyre (1944). De Robert Stevenson. Nota 9.0!
5- De Repente, no Último Verão (1959). De Joseph L. Mankiewicz. Nota 8.5!
6- Um Lugar ao Sol (1951). De George Stevens. Nota 8.5!
7- O Pecado de Todos Nós (1964). De John Huston. Nota 8.5!
8- Cleópatra (1963). De Joseph L. Mankiewicz. Nota 8.5!
9- Lassie - A Força do Coração (1943). De Fred M. Wilcox. Nota 8.5!
10- A Coragem de Lassie (1946). De Fred M. Wilcox. Nota 8.5!
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11- O Traidor (1949). De Victor Saville. Nota 8.0!
12- Cerimônia Secreta (1968) De Joseph Losey. Nota 8.0!
13- Ivanhoé: O Vingador Rei (1952). De Richard Thorpe. Nota 8.0!
14- A Megera Domada (1967). De Franco Zeffirelli. Nota 8.0!
15- A Mocidade é Assim (1944). De Clarence Brown. Nota 8.0!
16- A Última Vez Que Vi Paris (1954). De Richard Brooks. Nota 8.0!
17- Nossa Vida com Papai (1947). De Michael Curtiz. Nota 8.0!
18- Disque Butterfield 8 (1960). De Daniel Mann. Nota 7.5!
19- A Árvore da Vida (1957). De Edward Dmytryk. Nota 7.5!
20- O Príncipe Encantado (1948). De Richard Thorpe. Nota 7.0!
21- O Netinho do Papai (1951). De Vincente Minnelli. Nota 7.0!
22- Os Flintstones - O Filme (1994). De Brian Levant. Nota 6.0!
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ELIZABETH TAYLOR (1932 - 2011)