sexta-feira, maio 25, 2007

Ninguém Pode Saber

De: Hirokazu Koreeda. 2004.
Com: Yûya Yagira, Ayu Kitaura, Hiei Kimura, Momoko Shimizu, Hanae Kan, You, Kazumi Kushida, Yukiko Okamoto, Sei Hiraizumi, Ryo Kase, Takako Tate, Yuichi Kimura, Kenichi Endo e Susumu Terajima.
Sinopse: Quatro irmãos mudam-se com sua mãe para um pequeno apartamento em Tóquio, sendo que todos têm pais diferentes. As crianças nunca foram à escola e apenas o filho mais velho entra caminhando normalmente no novo apartamento, com os outros chegando escondidos em malas. Ninguém pode ficar sabendo que mais de três pessoas vivem ali, sob o risco de serem expulsos. Tudo vai bem até que, um certo dia, a mãe (You) vai embora, deixando para o filho mais velho, Akira (Yagira), de 12 anos, um bilhete e um pouco de dinheiro. Começa então o duro processo de amadurecimento precoce de Akira que precisa cuidar de seus irmãos.
Crítica: Filmaço japonês que só vem pra confirmar algo que eu acho: no momento atual, o melhor cinema no mundo se concentra na ásia, seja na China, Coréia ou Japão, esses 3 países pra mim são insuperáveis na realização de filmes com um melhor conteúdo, o resto considero tudo atráz deles, fiquei me perguntando quando que iria assistir um filme feito nos E.U.A dessa magnitude vista nesse filme aqui? só no dia de são nunca é a melhor resposta que achei. Bom, vamos lá que o comentário promete..rs..: "Ninguém Pode Saber" se trata de um dos filmes mais emocionantes e comoventes que assisti nos últimos tempos, muito bem conduzido e filmado (adorei o posicionamento da câmera em certas tomadas deixando claro que atráz dela existe um diretor detalhista), antes de vê-lo eu se quer havia visto o trailer, muito menos sabia algo a respeito, e não tem coisa melhor do que assistir um filme no escuro sem nenhuma expectativa criada, a chance de ser surpreendido passa a ser enorme. A história começa de uma forma morna na qual jamais iria se imaginar que fosse acabar da forma que terminou 2h20min depois, duração que não vi passar. O filme ganha força e dramaticidade a partir do ponto em que a mãe das crianças as abandona, deixando toda a responsabilidade nas mãos do garoto mais velho que acaba sendo obrigado a amadurecer muito rápido, começamos a ver então uma brilhante e irretocável atuação desse garoto (Yûya Yagira - que ganhou o prêmio de melhor ator no festival de Cannes), o guri dá um show no filme, impressionante a visão que ele passa a ter da situação, tendo que se virar pra sustentar os irmãos sem nunca demonstrar fraqueza, pois sabe, que seus irmãos dependem dele. O filme é composto por diversas sequências sensacionais, gerando assim em determinados momentos um sentimento de pena e dó da condição complicada que vemos as crianças passar, a vontade é sempre de poder entrar pra dentro do filme e tentar fazer alguma coisa pra ajudar, um filme que mexe com nossos sentimentos de forma dura e profunda, mas isso não para por aí, o pior ainda estava por vir, fica notável levando em conta as circustâncias de que iria acontecer tal coisa, e o diretor vai direto ao ponto e não deixa isso passar (caso contrário a mensagem que o filme passa não iria valer com muita propriedade ao meu ver) e de forma inevitável pega pesado na sequência final, sem ser piegas o desfecho final é de uma tristeza e comoção ímpar, impossível não se emocionar, comigo não foi diferente, o filme terminou e fiquei simplesmente sem reação, apenas pensativo e refletindo por longos minutos tentando assimilar aquilo tudo que foi mostrado, e me perguntando, por que? por que?..rsrs..pois é, tem certos filmes que é impossível não se envolver com os personagens, ficar sentindo alguma coisa, se colocar no lugar deles e tal, ano passado eu tinha passado por uma experiência semelhante com um filme de mesma profundidade (que prefiro não revelar). E o mais impressionante de tudo é que essa história foi baseada em fatos reais que aconteceu no Japão na década de 80, o que deixa o espectador ainda mais chocado e indignado. Puts!!! Deixo minha super recomendação, um filme extremamente obrigatório!!!
Nota 9.5!
Filme Visto em Abril/2007

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